• Bahia retoma exportações de cacau após vencer a vassoura-de-bruxa

    Sexta-feira, 04 de Dezembro de 2015

     

    Produtividade média do cacau saiu de 287,6 quilos para 416 quilos por hectare/ano, com aumento 44,6%

    A remessa de 6,6 mil toneladas de amêndoas de cacau – avaliadas em R$ 15 milhões – deu novo ânimo aos agricultores baianos.

    O Estado da Bahia, maior produtor nacional de cacau do País, retomou a produção durante o ano de 2015. Neste segundo semestre, a região retomou sua participação no mercado mundial, do qual estava afastada havia mais de 20 anos por causa da incidência da doença da vassoura-de-bruxa nas lavouras da fruta. A exportação de 6,6 mil toneladas de amêndoas de cacau – avaliadas em R$ 15 milhões – deu novo ânimo aos agricultores baianos.

    A retomada mostra que o setor está readquirindo a condição de exportador em potencial do agronegócio brasileiro, avalia a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

    O embarque do produto no Porto de Malhado, em Ilhéus, sul baiano, com destino ao de Roterdã, na Holanda, tem enorme significado para o setor cacaueiro do sul da Bahia. Esse é o resultado de uma intensa luta contra a vassoura-de-bruxa, que devastou as plantações da fruta da região ao final dos anos 1980. De lá para cá, a Ceplac coordenou uma séria de ações, com apoio de instituições de pesquisa e de assistência técnica, para combater a praga, diz o diretor substituto da Ceplac, Edmir Ferraz.

    “Passados 26 anos da ocorrência da vassoura-de-bruxa nas plantações de cacau da Bahia, as ações de pesquisa integradas à assistência técnica e extensão rural, desenvolvidas pela Ceplac, resultaram na retomada da produção e produtividade da lavoura cacaueira”, destaca Ferraz.

    Crise

    De acordo com Ferraz, a vassoura-de-bruxa provocou uma crise sem precedentes na cadeia produtiva da fruta, afetando, sobretudo, a produção. “Os baixos preços internacionais na década de 1990, as condições climáticas desfavoráveis e, principalmente, o aparecimento dessa doença no Estado da Bahia rebaixaram o Brasil para a sexta colocação entre os maiores produtores globais do produto.”

    A redução nas importações de cacau é consequência das ações desenvolvidas pela Ceplac. “A lavoura começou a responder aos estímulos da pesquisa e da assistência técnica em termos de aumento da produtividade média do cacau, que saiu de 287,6 quilos para 416 quilos por hectare/ano, com aumento 44,6%”, enfatiza Ferraz. Ao mesmo tempo, completa, houve um incremento de 71% na produção nacional, que saiu de 170.000 toneladas, em 2003, para 291.000 toneladas, em 2014. “Foi a maior safra dos últimos 26 anos. A previsão para 2015 é de 260.008 toneladas de cacau.”

    Estabilização

    Além de reanimar o setor, esse resultado põe a cacauicultura no eixo de estabilização da economia das regiões produtoras do Brasil, ressalta Ferraz.  “O Brasil sai da condição de sexto maior produtor mundial de cacau para a quarta posição, voltando a suprir o parque moageiro instalado em Ilhéus, cuja capacidade está estimada entre 230 mil e 248 mil toneladas de amêndoas. Com isso, podemos retomar o status de exportador de amêndoas ou de seus derivados, inclusive o chocolate.”

    Fonte: Ministério da Agricultura

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