A dependência brasileira do trigo internacional aumentou, ao passo que o produtor, frustrado por safras anteriores, reduziu as áreas de plantio dedicadas à cultura. Com isso, o desencontro de normas sanitárias entre os moinhos e seus fornecedores externos tem sido motivo de temor.
A criação de uma convergência regulatória entre Brasil e Argentina, principal parceiro comercial no setor, que se estenda a todo o Mercosul é uma das pautas que serão tratadas no 23º Congresso Internacional do Trigo, que acontecerá em outubro, em Campinas (SP), informou a Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), ontem, a jornalistas.
“Alguns países que exportam para nós excedem o volume de agrotóxicos permitido pelo Brasil, porque a legislação é diferente, e não conseguimos identificar exatamente de onde vem [o produto contaminado]”, explica o presidente da entidade em exercício, Sergio Amaral. Para ele, a entrada de novas regras na Argentina, que está por vir, pode trazer impactos para os moinhos e a farinha brasileiros. “Isso poderá criar dificuldade para a venda do trigo ao Brasil”, acrescenta o executivo, conforme noticiado pelo jornal DCI.