Em artigo publicado na edição de hoje de O Estado de S. Paulo, Rubens Barbosa analisa a negociação entre o Mercosul e a União Europeia (UE), com troca de oferta de bens, serviços e investimentos. Do lado europeu, a decisão não foi sem percalços. Durante um bom tempo, alguns países conseguiram adiar a decisão e o apoio da Alemanha e do Reino Unido foi o que propiciou a prevalência da maioria. Na reta final, o protecionismo agrícola, liderado pela França, pela Irlanda, pela Hungria e outros, prevaleceu, tanto que a carne e o etanol estão pendentes na lista de ofertas da UE. Embora representando apenas perto de 2% do comércio global da UE, o Mercosul tem um significado geoestratégico (crescente presença da China) e de oportunidade em vista da maior competitividade das empresas europeias.