As exportações para a África do Sul avançaram 10,5% no ano passado, mas o último membro do Brics aparece apenas na 36ª colocação entre os principais compradores de produtos brasileiros e ainda não é listado entre os que mais investem no País.
Empresários e produtores brasileiros receberam US$ 1,353 bilhão com vendas para sul-africanos no ano passado. O montante, ainda pouco expressivo, não é superior por causa da inexistência de uma tradição comercial entre os membros do Brics, afirma Matheus Andrade, consultor da Barral M Jorge. “A relação acontece muito mais nos campos político e geopolítico do que nos campos comercial e econômico.”
Outro fator que impossibilita um avanço das trocas entre os membros do Brics é a semelhança entre ambos. “São dois países em desenvolvimento, com perfil comercial parecido”, diz Mark Rabbitts, assessor comercial do Consulado da África do Sul no Brasil. O especialista explica que essa condição acaba fazendo com que Brasil e África do Sul sejam concorrentes, disputando pelo capital estrangeiro, conforme noticiado pelo jornal DCI.